sábado, agosto 12, 2006

ALTO

A extensão do vazio.
O espaço erradio
entre meus olhos e o chão.

O vento frio, frio,
o movimento fugidio
das folhas ao meu redor...
e a vontade imperiosa
de retornar ao pó...

Metade dos pés
pra fora da fachada.
Metade do corpo
e quase toda a alma
à espera da decolagem.

Olho, olho, penso,
e me dou mais um dia.
Recuo, meio sem graça...
Olho a lua que nasce
e o sol que se retira.

Ainda não...
hoje não tive coragem...
Mas um dia esse asfalto
vai tatuar em sua pele
a minha imagem...

9 comentários:

Tanara Da Silveira disse...

Tão distante...
Quase uma pintura.
.
beijos

Luana disse...

Uma delícia de ler...

Beijos!
:)

Keila Sgobi de Barros disse...

pois é...pois é...
reconheço esta imagem...

beijos enluarados (ela costuma dar vida)

-drika amaral disse...

aiii aiii
Como é duro ter que se decidir, estar numa encruzilhada, ter vontade de agir.
Pq minha vida é eternamente esse poema?

Leandro Jardim disse...

Caramba, forte!
e muito bom!

abraços

Anônimo disse...

Intenso!

Belas palavras.

:*

Anônimo disse...

E do alto eu vejo toda essa poesia...

Lindo, Moacir!

Beijo!

mg6es disse...

Cara... "tatuar em sua pele a minha imagem"... um primor!

belo.

[]´s

Anônimo disse...

Lembro-me das vezes em que me fui pra beira do meu abismo particular...