sábado, agosto 19, 2006

Semáforo

Ainda me lembro
daquele sono sem sonhos,
daquelas noites sem sono,
do meu viver andarilho,
da vida fora dos trilhos.

Ainda me lembro
das madrugadas sem fim,
do meu eu-mesmo sem mim,
do meu sorriso em preto-e-branco,
do meu feroz desencanto.

Ah, ainda me lembro
como se fosse ontem.
Não preciso que me lembrem,
muito menos que me apontem,
cada um dos meus erros...
Eles me assombram
o tempo inteiro.

Por isso vou devagar
e paro em cada esquina,
olho pra todos os lados
e corro ao som de buzina.

Uma pista de cada vez,
paciência
e determinação.
Só não quero ir sozinho...

Vem, me dá sua mão!

11 comentários:

Anônimo disse...

E depois vc diz que eu sou fueda...

Fico lembrando do meu eu-mesmo sem mim e de sono sem sonhos agora...

Cara...

mg6es disse...

"e o vermelho sempre verde dos sinais..."

belo poema!

[]´s

-drika amaral disse...

Pega ae minha mão
o/
^.~

Leandro Jardim disse...

Puxa, rapaz, lindo poema!

Anônimo disse...

Lindo demais!!! Você está cada dia melhor!! Mil beijos!!!

Keila Sgobi de Barros disse...

Quer uma mão?
Hum uma mão é bom!
Abre os caminhos
ajuda na digestão!

Unknown disse...

me fez lembrar...
gostei muito, cada cabeça mais cabeçuda que a outra.
abraço pra vc e tbm pras outras seis.

Maria Morena Maia disse...

Uma mão, um braço, dois braços, outra mão e então...um grande abraço. Até.

Luana disse...

Não importam quantos nos acompanham... O caminho é solitário...

Beijinhos!
:)

Remo Saraiva disse...

Me remeteu, no início, a um poema meu chamado "A história de Carlos Bandeira,/ o bisneto de Misael". Mas depois o seu mudou um 'cado. Enfim, gostei.


Abraços!!

REMO.

Marina disse...

Lindo poema, Moacir! :)

;**