Ainda me lembro
daquele sono sem sonhos,
daquelas noites sem sono,
do meu viver andarilho,
da vida fora dos trilhos.
Ainda me lembro
das madrugadas sem fim,
do meu eu-mesmo sem mim,
do meu sorriso em preto-e-branco,
do meu feroz desencanto.
Ah, ainda me lembro
como se fosse ontem.
Não preciso que me lembrem,
muito menos que me apontem,
cada um dos meus erros...
Eles me assombram
o tempo inteiro.
Por isso vou devagar
e paro em cada esquina,
olho pra todos os lados
e corro ao som de buzina.
Uma pista de cada vez,
paciência
e determinação.
Só não quero ir sozinho...
Vem, me dá sua mão!
sábado, agosto 19, 2006
Semáforo
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11 comentários:
E depois vc diz que eu sou fueda...
Fico lembrando do meu eu-mesmo sem mim e de sono sem sonhos agora...
Cara...
"e o vermelho sempre verde dos sinais..."
belo poema!
[]´s
Pega ae minha mão
o/
^.~
Puxa, rapaz, lindo poema!
Lindo demais!!! Você está cada dia melhor!! Mil beijos!!!
Quer uma mão?
Hum uma mão é bom!
Abre os caminhos
ajuda na digestão!
me fez lembrar...
gostei muito, cada cabeça mais cabeçuda que a outra.
abraço pra vc e tbm pras outras seis.
Uma mão, um braço, dois braços, outra mão e então...um grande abraço. Até.
Não importam quantos nos acompanham... O caminho é solitário...
Beijinhos!
:)
Me remeteu, no início, a um poema meu chamado "A história de Carlos Bandeira,/ o bisneto de Misael". Mas depois o seu mudou um 'cado. Enfim, gostei.
Abraços!!
REMO.
Lindo poema, Moacir! :)
;**
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