terça-feira, maio 01, 2007

No amor e na guerra

Tinha se armado até os dentes
trincheiras, granadas, pés-de-coelho
espiões, capacetes, manual de Sun Tzu
carapaças, crocodilos em volta de si.
Querer ao outro é perigoso.
O amor porém, nasceu do descuido
da baixa guarda de um dia de sol.
Andava só e igual pela rua
chapéu laranja, meias multicores
num zastrás, um passo infalso
cadafalso! Vem abaixo o seu forte,
muralhas, pontes, exércitos de “se”,
pés-de-coelho dão no pé,
crocodilos vão para a coleira.
Amor.
Prisioneira vencida,
Aprisionadamente livre
Descobre-se até então
lutando do lado oposto: contra si.
Bandeira branca. Rende-se.

Luzzsh

7 comentários:

Clóvis Struchel disse...

Interessantíssima a ótica deste poema.
Poesia boa de ler é assim, deixa a gente sem querer dizer, para poder sentir, e só sentir...


O amor e os seus desvarios, rendendo-nos de padrões e percalços, orientando-nos num prumo só seu, alimentando a poesia nossa de cada dia.
Amém. rs


Muito bom, poeta.

Leandro Jardim disse...

Beluzzsh!

beiJardins

Anônimo disse...

Rendeu-se ao amor assim e disso tudo fez renda. Riodaqui.PauloVigu

mg6es disse...

o melhor poema sobre resistência que já li, Lu... e o que amar senao resistir, amando em guerrilha... sigamos.

bjss!

223

Marina disse...

Lindo!

Muito difícil não se desarmar ao amor! ;)

Bjusss

Anônimo disse...

No amor e na guerra.

Vc sempre com excelência ao escrever.

bjo!

Anônimo disse...

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