Tenho a alma velha
E a cada dia percebo
Que morro um pouquinho mais...
Meu leito é quente
Tenho o abraço moreno
E a lágrima de saudade
Que me adormece todos os dias.
No amanhã
Minha secreta morada
E na labuta
A certeza do que não quero ser.
Quero cercar-me de palavra viva
E nascer em outra realidade.
Embarcar em um sorriso
Aventurar-me em nova canção.
Meu tempo é ontem
E de passado eu vivo.
O hoje se fez refúgio.
11 comentários:
Um intenso desejo de mudança.. para tempos melhores e mais amenos..
Linda, Aline.
Agora jogue as folhas velhas para o alto e corra atrás das flores, mesmo fora da primavera.
Bjos meus.
pq o agora é sempre maior
O verbo é sentir...
bjus, line! :**
Pra trás, pegadas no chão e poeira na sola do pés...
Belo poema.
Sds,
Bruno
"O hoje se fez refúgio" é muito bom!!!
às vezes também creio minha alma velha
noutras o contrário
deve tudo ser receio
o falta breve de calma
beiJardins
Ao tempo em que o tempo passa, já não sabemos onde vamos parar. A melancolia das palavras acertarmam-me em cheio, ando em dias em que me sinto perdido... Não sou do ontem nem do amanhã, pior q também não vivo o presente. Um ser sem ser.
Bela balada triste.
De todos os tempos, os poetas sempre preferem (o) outro. Isso vem permeado a alma de todos nestes dias... Sem dúvida, a linda e única forma de manifestar isso, poesia. : )
Não existe alma velha...
eterna, elas se fingem em máscaras e véus e coisas de adulto...
mas estão sempre crianças por baixo da poeira!
um beijo agradecido por um poema tão lindo!
Hum alma velha mais eterna... que morre um pouco a cada dia e renasce mais e cada hora...
:**
Nossa!! Lindos versos me molham de saudade!! Fico a pensar... vou levar esse poema por uns dias!! beijosssss
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