segunda-feira, abril 09, 2007

.quase

Abri o peito
Expus a ferida
Sim, ela sangrava.
No corte profundo
O latejo... dia após dia
A dor não é finda
E nela brota rima,
Verso
E quase prosa.
Árvore frondosa
Meu recanto e morada.
Moro no corte
Alimento-me da dor.

3 comentários:

Leandro Jardim disse...

engole a dor de uma virada só
respira fundo, trabalha em suor
e (d)escreve seu ar-dor
desfazendo em-canto cada nó

beiJardins

Ricardo Rayol disse...

a dor é o combustível que nos move a escrever.. e escreve muito bem sobre ela.

Marina disse...

Da dor sempre tiramos algo: tristeza, lição, força, sabedoria... poesia! :)


:****